Filme Vale da Encruzilhada.
Produzido por mim e representado pelo Fernando,pela Ana Lúcia e pela Marisa.
sábado, 31 de março de 2007
sábado, 24 de março de 2007
Atrás do Banco.
O Banco de trás.
Eu pensava que era apenas nos filmes que isto acontecia,
Desta vez não se passou com um conhecido meu, esta história
É mesmo contada na primeira pessoa.
Na sexta feira fiquei na empresa até depois da hora habitual com o meu assistente “prefiro não revelar o nome”.
Ficamos a fazer umas verificações numas facturas para posteriormente serem enviadas para a contabilidade.
Quando finalmente só faltavam acertar quatro ou cinco, pedi-lhe que me fosse buscar a carrinha da empresa á garagem, “ Mercedes Vito” e que passasse novamente aqui pelos escritórios.
Assim o fez.
Acabei de verificar as últimas facturas, e guardei o resto dos documentos que faltavam, dentro da gaveta da secretária.
Passei pela recepção da dona Lina e deixei-lhe um anotação que já podia entregar tudo na contabilidade.
Apaguei as luzes do escritório inteiro dirigi-me á saída, desci o lance de escadas que dá para a entrada principal.
Onde deveria estar o meu assistente com o carro .
Mas não estava.
Esperei.
Esperei mais um pouco.
Mas quinze minutos para ir buscar uma carrinha ás traseiras da fábrica já se considerava um abuso .
Fui ao seu encontro.
Andei cerca de oitenta metros sobre o piso alcatroado, estava escuro, a luz de presença com detector de movimentos, que deveria iluminar aquela esquina não acendeu.
Virei á esquerda .
Andei mais uns metros, até que vislumbrei lá ao fundo a Mercedes.
Continuei a caminhar e comecei a ver o meu assistente ao volante.
Tinha apenas percorrido alguns metros.
Estava virado para mim, os olhos completamente vidrados a olhar para o vazio, as mãos cravadas no volante e a tremer num pânico profundo .
Olhei para ele, não se mexia apenas tremia .
Abri a porta.
- O que se passa ?
Ele olhou para mim.
- Lá atrás ! Vai á caixa de carga tirar aquele homem lá de dentro!
- Como? Que homem !?
- Não sei .Rápido antes que ele faça alguma coisa!
Fiquei paralisado com os nervos, mas depois raciocinei cheguei á conclusão que era impossível estar alguém lá dentro.
Visto eu ter andado todo o dia com a carrinha a visitar clientes e andou sempre vazia .
Quando cheguei, tranquei-a e não mais voltou a ser aberta.
Dirigi-me á porta traseira confiante de que nada lá se encontrava .
Coloquei a mão na tranca para abrir, estava destrancada visto o fecho centralizado a ter aberto minutos antes.
Abri a porta, lá dentro estava escuro a luz de presença teimou em não acender .
Duas grandes caixas de papelão vazias caíram para cima de mim, assustei-me e recuei.
Olhei melhor, excluindo aquelas duas caixas que já se encontravam no chão , nada mais estava dentro da carrinha .
Chamei-o .
- Vês, nada, está vazia não está cá homem nenhum .
- Agora ajuda-me a carregar as caixas novamente.
Carregamos as caixas, e seguimos viagem .
Eu conduzia .
Após alguns minutos de ter abandonado o recinto dá fábrica e já em plena IC 19, sentimos a carrinha abanar.
O piso era regular, vento não estava.
Olhei pelo retrovisor lateral e vi que os outros automobilistas se encontravam distantes, excluindo assim o facto de ter sofrido um pequeno embate .
Olhei para o retrovisor interior e vi um rosto escuro, a olhar-me nos olhos .
Mil e um pensamentos ensombraram a minha mente naquela fracção de segundo .
Descontrolei-me.
Dei uma guinada rápida e fui embater no separador central, voltei a olhar para o espelho e vi a mesma imagem um homem que me olhava com raiva.
Raça branca mas pele suja enegrecida, os olhos pareciam faiscar reflectidos no retrovisor .
O meu assistente gritava em pânico por duas razões.
Por ter-se virado para trás e ver o mesmo rosto que o ensombrara á alguns minutos atrás.
E por ver que íamos mesmo em direcção do rail que separava a berma da estrada dum precipício.
Consegui dar uma guinada ao volante, pôr o pé ao travão e imobilizar a viatura em segurança na berma.
Saímos da carrinha .
Cá fora sentia-se o ar fresco duma noite de Inverno Primaveril .
Muitas perguntas passavam a um ritmo alucinante nas nossas mentes.
O que foi aquilo, ou melhor quem era aquela pessoa?
O que fazia ali?
Porque estava ali agora se á minutos atrás não estava lá?
Encontramo-nos junto á porta traseira da carrinha sem combinarmos, era como que se fosse uma lógica que tinha que ser seguida.
Agora dentro de mim já não existia o sentimento de medo , pânico ou de insegurança.
Consegui concentrar todos estes sentimentos em fúria e numa enorme ansiedade de abrir a porta e descarregar toda a raiva que sentia naquele ser desprezível que me causou um acidente.
Abri a porta, as caixas voltaram a cair e a luz a não acender.
Desta vez não recuei, avancei, mesmo no escuro avancei.
Estava decidido a descarregar toda a minha raiva naquele desgraçado.
Mas depressa cheguei ao fundo da caixa de carga sem nada ver.
Virei para trás.
- As caixas! Abre as caixas.
As caixas foram abertas e nada, estavam vazias á excepção dumas pequenas folhas de esferovite , que serviram de amortecimento dos materiais que se faziam transportar nas caixas.
Nada de nada , a carrinha estava vazia .
Como aconteceu aquela visão colectiva ?
E será que foi uma visão ?
Se foi uma visão como pode ter acontecido a duas pessoas?
Uma carrinha com mil e setecentos quilos não abana com uma visão.
E se não foi uma visão ?
Onde se meteu aquele homem ?
Será que anda no escuro do banco de trás do seu carro ?
Ao entrar no seu carro você olha para trás do banco ?
Eu pensava que era apenas nos filmes que isto acontecia,
Desta vez não se passou com um conhecido meu, esta história
É mesmo contada na primeira pessoa.
Na sexta feira fiquei na empresa até depois da hora habitual com o meu assistente “prefiro não revelar o nome”.
Ficamos a fazer umas verificações numas facturas para posteriormente serem enviadas para a contabilidade.
Quando finalmente só faltavam acertar quatro ou cinco, pedi-lhe que me fosse buscar a carrinha da empresa á garagem, “ Mercedes Vito” e que passasse novamente aqui pelos escritórios.
Assim o fez.
Acabei de verificar as últimas facturas, e guardei o resto dos documentos que faltavam, dentro da gaveta da secretária.
Passei pela recepção da dona Lina e deixei-lhe um anotação que já podia entregar tudo na contabilidade.
Apaguei as luzes do escritório inteiro dirigi-me á saída, desci o lance de escadas que dá para a entrada principal.
Onde deveria estar o meu assistente com o carro .
Mas não estava.
Esperei.
Esperei mais um pouco.
Mas quinze minutos para ir buscar uma carrinha ás traseiras da fábrica já se considerava um abuso .
Fui ao seu encontro.
Andei cerca de oitenta metros sobre o piso alcatroado, estava escuro, a luz de presença com detector de movimentos, que deveria iluminar aquela esquina não acendeu.
Virei á esquerda .
Andei mais uns metros, até que vislumbrei lá ao fundo a Mercedes.
Continuei a caminhar e comecei a ver o meu assistente ao volante.
Tinha apenas percorrido alguns metros.
Estava virado para mim, os olhos completamente vidrados a olhar para o vazio, as mãos cravadas no volante e a tremer num pânico profundo .
Olhei para ele, não se mexia apenas tremia .
Abri a porta.
- O que se passa ?
Ele olhou para mim.
- Lá atrás ! Vai á caixa de carga tirar aquele homem lá de dentro!
- Como? Que homem !?
- Não sei .Rápido antes que ele faça alguma coisa!
Fiquei paralisado com os nervos, mas depois raciocinei cheguei á conclusão que era impossível estar alguém lá dentro.
Visto eu ter andado todo o dia com a carrinha a visitar clientes e andou sempre vazia .
Quando cheguei, tranquei-a e não mais voltou a ser aberta.
Dirigi-me á porta traseira confiante de que nada lá se encontrava .
Coloquei a mão na tranca para abrir, estava destrancada visto o fecho centralizado a ter aberto minutos antes.
Abri a porta, lá dentro estava escuro a luz de presença teimou em não acender .
Duas grandes caixas de papelão vazias caíram para cima de mim, assustei-me e recuei.
Olhei melhor, excluindo aquelas duas caixas que já se encontravam no chão , nada mais estava dentro da carrinha .
Chamei-o .
- Vês, nada, está vazia não está cá homem nenhum .
- Agora ajuda-me a carregar as caixas novamente.
Carregamos as caixas, e seguimos viagem .
Eu conduzia .
Após alguns minutos de ter abandonado o recinto dá fábrica e já em plena IC 19, sentimos a carrinha abanar.
O piso era regular, vento não estava.
Olhei pelo retrovisor lateral e vi que os outros automobilistas se encontravam distantes, excluindo assim o facto de ter sofrido um pequeno embate .
Olhei para o retrovisor interior e vi um rosto escuro, a olhar-me nos olhos .
Mil e um pensamentos ensombraram a minha mente naquela fracção de segundo .
Descontrolei-me.
Dei uma guinada rápida e fui embater no separador central, voltei a olhar para o espelho e vi a mesma imagem um homem que me olhava com raiva.
Raça branca mas pele suja enegrecida, os olhos pareciam faiscar reflectidos no retrovisor .
O meu assistente gritava em pânico por duas razões.
Por ter-se virado para trás e ver o mesmo rosto que o ensombrara á alguns minutos atrás.
E por ver que íamos mesmo em direcção do rail que separava a berma da estrada dum precipício.
Consegui dar uma guinada ao volante, pôr o pé ao travão e imobilizar a viatura em segurança na berma.
Saímos da carrinha .
Cá fora sentia-se o ar fresco duma noite de Inverno Primaveril .
Muitas perguntas passavam a um ritmo alucinante nas nossas mentes.
O que foi aquilo, ou melhor quem era aquela pessoa?
O que fazia ali?
Porque estava ali agora se á minutos atrás não estava lá?
Encontramo-nos junto á porta traseira da carrinha sem combinarmos, era como que se fosse uma lógica que tinha que ser seguida.
Agora dentro de mim já não existia o sentimento de medo , pânico ou de insegurança.
Consegui concentrar todos estes sentimentos em fúria e numa enorme ansiedade de abrir a porta e descarregar toda a raiva que sentia naquele ser desprezível que me causou um acidente.
Abri a porta, as caixas voltaram a cair e a luz a não acender.
Desta vez não recuei, avancei, mesmo no escuro avancei.
Estava decidido a descarregar toda a minha raiva naquele desgraçado.
Mas depressa cheguei ao fundo da caixa de carga sem nada ver.
Virei para trás.
- As caixas! Abre as caixas.
As caixas foram abertas e nada, estavam vazias á excepção dumas pequenas folhas de esferovite , que serviram de amortecimento dos materiais que se faziam transportar nas caixas.
Nada de nada , a carrinha estava vazia .
Como aconteceu aquela visão colectiva ?
E será que foi uma visão ?
Se foi uma visão como pode ter acontecido a duas pessoas?
Uma carrinha com mil e setecentos quilos não abana com uma visão.
E se não foi uma visão ?
Onde se meteu aquele homem ?
Será que anda no escuro do banco de trás do seu carro ?
Ao entrar no seu carro você olha para trás do banco ?
De certeza que olha ?
quinta-feira, 15 de março de 2007
O Sopro
O sopro
Dormes bem ?
Por vezes acordas de noite e não sabes porquê ?
Existem rumores dum sopro que nos acorda de noite.
Aconteceu há algum tempo ao Hugo, um estudante universitário.
Nessa noite como em tantas outras, Hugo estivera com os amigos num bar a divertir-se e a pôr a conversa em dia. Hugo apenas bebeu água visto não poder ingerir bebidas alcoólicas devido aos medicamentos que o medico lhe prescrevera dias antes por causa da dor no joelho. Essa noite estava peculiarmente fria. Hugo vestiu o casaco ao sair do bar para entrar no carro do Vítor, que era um colega seu e também a sua boleia para casa. Após longa viagem, pararam á porta da residência de Hugo . Hugo saiu do carro de Vítor e dirigiu-se á porta de sua casa.
Voltara a esquecer-se das chaves!
Tocou á campainha, o pai aproximou-se da janela do primeiro andar da moradia, olhou e viu Hugo junto á porta principal. Voltou a fechar a janela e desceu ao rés do chão para abrir a porta a filho. Ambos subiram para os quartos, Hugo despediu-se do pai com um beijo de até amanha. Meia noite e dez indicava o relógio de parede que havia ganho numa rifa da quermesse das festas de verão . Essa seria também a hora ideal para ir dormir e descansar cerca de oito horas. Que são as horas que um corpo adulto necessita para recuperar todas as energias . Vestiu o pijama azul com ursinhos amarelos e aninhou-se dentro dos lençóis de flanela quentinhos . Apagou a luz e fechou os olhos . Não tardou dez minutos para adormecer.
Mas algo se passava porque Hugo mesmo a dormir não sossegou, já se havia virado três vezes. Acordou repentinamente levantou o tronco acendeu a luz e apoiou-se com as mãos no colchão . Nunca antes lhe havia acontecido tal coisa. Um sopro, foi um sopro frio , rápido e gelado que sentiu bem forte na pele da sua cara. Não foi um sonho porque a cara estava fria e a pele pálida Hugo escorria suores frios . Que situação nunca antes sentiu medo, medo a sério ,um tremor fininho já se alojara nas suas costas ficou paralisado olhou em volta e nada viu. A janela estava fechada. Não havia nenhum sistema de ventilação no quarto. Mas foi um sopro, disso não restavam dúvidas.
Que força anormal foi aquela que lhe soprou no rosto? O que é mais arrepiante é que nessa mesma noite houve relatos de mais quatro pessoas sem nada em comum que sentiram a mesma sensação.
Dormes sozinho?
Tenta não acordar durante a noite, porque o que quer que seja que te sopre na cara antes de acenderes a luz, pode não te deixar vivo para contar a história.
NO ESCURO TEM MEDO, TEM MUITO MEDO.
Dormes bem ?
Por vezes acordas de noite e não sabes porquê ?
Existem rumores dum sopro que nos acorda de noite.
Aconteceu há algum tempo ao Hugo, um estudante universitário.
Nessa noite como em tantas outras, Hugo estivera com os amigos num bar a divertir-se e a pôr a conversa em dia. Hugo apenas bebeu água visto não poder ingerir bebidas alcoólicas devido aos medicamentos que o medico lhe prescrevera dias antes por causa da dor no joelho. Essa noite estava peculiarmente fria. Hugo vestiu o casaco ao sair do bar para entrar no carro do Vítor, que era um colega seu e também a sua boleia para casa. Após longa viagem, pararam á porta da residência de Hugo . Hugo saiu do carro de Vítor e dirigiu-se á porta de sua casa.
Voltara a esquecer-se das chaves!
Tocou á campainha, o pai aproximou-se da janela do primeiro andar da moradia, olhou e viu Hugo junto á porta principal. Voltou a fechar a janela e desceu ao rés do chão para abrir a porta a filho. Ambos subiram para os quartos, Hugo despediu-se do pai com um beijo de até amanha. Meia noite e dez indicava o relógio de parede que havia ganho numa rifa da quermesse das festas de verão . Essa seria também a hora ideal para ir dormir e descansar cerca de oito horas. Que são as horas que um corpo adulto necessita para recuperar todas as energias . Vestiu o pijama azul com ursinhos amarelos e aninhou-se dentro dos lençóis de flanela quentinhos . Apagou a luz e fechou os olhos . Não tardou dez minutos para adormecer.
Mas algo se passava porque Hugo mesmo a dormir não sossegou, já se havia virado três vezes. Acordou repentinamente levantou o tronco acendeu a luz e apoiou-se com as mãos no colchão . Nunca antes lhe havia acontecido tal coisa. Um sopro, foi um sopro frio , rápido e gelado que sentiu bem forte na pele da sua cara. Não foi um sonho porque a cara estava fria e a pele pálida Hugo escorria suores frios . Que situação nunca antes sentiu medo, medo a sério ,um tremor fininho já se alojara nas suas costas ficou paralisado olhou em volta e nada viu. A janela estava fechada. Não havia nenhum sistema de ventilação no quarto. Mas foi um sopro, disso não restavam dúvidas.
Que força anormal foi aquela que lhe soprou no rosto? O que é mais arrepiante é que nessa mesma noite houve relatos de mais quatro pessoas sem nada em comum que sentiram a mesma sensação.
Dormes sozinho?
Tenta não acordar durante a noite, porque o que quer que seja que te sopre na cara antes de acenderes a luz, pode não te deixar vivo para contar a história.
NO ESCURO TEM MEDO, TEM MUITO MEDO.
domingo, 11 de março de 2007
O Gato De Apartamento
Vives sozinho ?
E como não suportas a solidão tens um gato em casa.
Porque um gato faz companhia ,é asseado e faz xixi num determinado sitio
Estrategicamente situado num ponto da casa “uma caixa”.
Fazes mal viver sozinho com um gato em casa.
É certo que um gato pode-se confinar a um exíguo espaço o que até dá jeito, mas agora lê o seguinte mito.
Pedro como muitos outros era um jovem toxicodependente .
Desempregado, sem família e amigos. Pelo menos na actual realidade porque outrora havia sido diferente. Ganhava alguns euros com o jornal feito num canudo embrulhado na palma da mão a estacionar carros no cais sodré .
De fisionomia estreita, magra, esquelética até, barba de quinze dias, cabelo desgrenhado, casaco preto rasgado, jeans igualmente esfarrapados. Em largas pinceladas era assim que alguém descreveria o aspecto de Pedro enquanto drogado arrumador de carros sem carteira profissional.
Naquele fatídico dia Pedro chegou ao trabalho no seu horário normal, 8:00.
O sol nesse dia havia nascido especialmente brilhante e o céu apresentava-se limpo Pedro sentado no chão encoberto por um muro parcialmente destruído, preparava o que parecia ser um kit farmacêutico de injecção para toxicodependentes. Estava a preparar a primeira dose do dia . Logo após ter satisfeito o vício já Pedro se preparava para ajudar um cliente a estacionar o seu automóvel . um e mais outro e mais outro um sem número de veículos estacionados durante todo o dia .Dia esse que se encaminhava para o final e Pedro já havia gasto três kits. Tonto de olhos enevoados e vermelhos. Nas pernas já não se aguentava, caiu três vezes até chegar á soleira da porta do nº63 onde pernoitava no T0 do 3º piso esquerdo.
Com muito custo e após várias quedas, uma das quais lhe causou um enorme arranhão na face esquerda, lá conseguiu alcançar a porta e abri-la .Pois encontrava-se apenas encostada, visto que o trinco há muito que se encontrava avariado .
Ao transpor os primeiros centímetros do wall da entrada, havia tropeçado numa caixa velha e caído de costas, visto serem abundantes pelo cubículo onde vivia , juntamente com garrafas vazias trapos velhos e papelões que serviam de agasalho. O cheiro esse nauseabundo,que era não se conseguia suportar. Apenas parecia não incomodar ao Pedro e ao Bernardo, que era o gato lá de casa. Pêlo curto e preto, olhos amarelos cabeça grande, ossatura larga e de barriga bem abastecida. Pois comida para gato era o que não faltava lá em casa . Bernardo comia de tudo desde as rechonchudas ratazanas cinzentas, ás baratas que por lá coabitavam com as aranhas e lagartixas .
Pedro não se conseguiu levantar na totalidade, apenas se debateu o suficiente para conseguir ficar sentado e preparar mais um kit. O derradeiro e último kit.
Olhos vidrados .
Apenas um.
Nuca partida.
Banhado no seu próprio sangue .
Do braço esquerdo só tinha os ossos unidos pelos tendões mais duros.
Orelhas rasgadas .
Da cintura para baixo estava intacto.
Da cintura para cima apenas existia o casaco e a t-chirt rasgada .
Da caixa tóraxica já pouco existia bem como do seu interior.
Foi este o cenário com que a policia de segurança pública se deparou, após ter sido alertada pela velhota do 3º piso Direito vinte e três dias depois de ter ouvido Pedro pela última vez subir a escadaria de madeira.
O seu corpo frágil e quase moribundo, não havia resistido ao excesso de droga tomado num só dia.
Morreu no meio do entulho, no silêncio dum T0 que tresandava a tudo o que era lixo.
Mas não morreu só.
Contava com a companhia do seu amigo Bernardo que lhe serviu de companhia durante muitas noites. E que ainda mesmo que involuntariamente lhe continuaria a fazer companhia, visto que a porta principal ironicamente se trancou após Pedro a ter transposto ao entrar em casa.
Pedro morrera, Bernardo na sua ignorância de gato continuou a ser-lhe fiel. Mesmo sem alternativa visto que se encontrava trancado dentro daquelas paredes.
Ele ronronava ,roçava-se em Pedro mas sempre sem obter resposta do seu dono.
Os dias passavam, o alimento faltava a Bernardo .
Ele desesperava por sair dali.
O seu miar era agora agonizante.
Os dias passavam Bernardo não resistiu, e o seu instinto animal falou mais alto.
Pedro estava morto e ele faminto.
Os dias passavam, uns após os outros muito lentamente.
Dona Rita, Viúva e com setenta e oito anos, por diversas vezes sentiu a falta de Pedro .
E aquele cheiro cada vez mais forte a cada dia que passava.
Os dias passavam e ela estranhava tanto o mau cheiro cada vez mais forte, como a porta que se encontrava completamente trancada, coisa que não era costume.
Certo dia ao deparar-se com o mesmo cenário dos dias anteriores decidiu ligar o 112 e chamar a policia.
Não tardou hora e meia para que os agentes da policia se fizessem comparecer no local.
A porta do apartamento T0 do piso 3º esquerdo encontrava-se ironicamente trancada.
Tomás que era o agente a quem cabia o cargo de arrombar a porta. Já preparava um utensílio em ferro maciço com cerca de setenta centímetros de comprimento, que não se fez tardar para arremessar á porta já por si fragilizada com os anos que tinha.
Aporta escancarou-se .
O cenário era arrepiante.
Sangue, ossos um rosto desfigurado .
Com uma forte corrida como que para a liberdade ia Bernardo lançado através da porta .
Parou, olhou para trás.
A boca suja de sangue.
Os olhos amarelos brilhavam .
Que brilho!
Que olhos!
Os olhos ternurentos e brincalhões de Bernardo tornaram-se nuns olhos frios, brilhantes e arrepiantes .Mas não para ele porque o Pedro após ter morrido era apenas mais uma refeição.
VIVES SÒZINHO?
TENS UM GATO ?
E como não suportas a solidão tens um gato em casa.
Porque um gato faz companhia ,é asseado e faz xixi num determinado sitio
Estrategicamente situado num ponto da casa “uma caixa”.
Fazes mal viver sozinho com um gato em casa.
É certo que um gato pode-se confinar a um exíguo espaço o que até dá jeito, mas agora lê o seguinte mito.
Pedro como muitos outros era um jovem toxicodependente .
Desempregado, sem família e amigos. Pelo menos na actual realidade porque outrora havia sido diferente. Ganhava alguns euros com o jornal feito num canudo embrulhado na palma da mão a estacionar carros no cais sodré .
De fisionomia estreita, magra, esquelética até, barba de quinze dias, cabelo desgrenhado, casaco preto rasgado, jeans igualmente esfarrapados. Em largas pinceladas era assim que alguém descreveria o aspecto de Pedro enquanto drogado arrumador de carros sem carteira profissional.
Naquele fatídico dia Pedro chegou ao trabalho no seu horário normal, 8:00.
O sol nesse dia havia nascido especialmente brilhante e o céu apresentava-se limpo Pedro sentado no chão encoberto por um muro parcialmente destruído, preparava o que parecia ser um kit farmacêutico de injecção para toxicodependentes. Estava a preparar a primeira dose do dia . Logo após ter satisfeito o vício já Pedro se preparava para ajudar um cliente a estacionar o seu automóvel . um e mais outro e mais outro um sem número de veículos estacionados durante todo o dia .Dia esse que se encaminhava para o final e Pedro já havia gasto três kits. Tonto de olhos enevoados e vermelhos. Nas pernas já não se aguentava, caiu três vezes até chegar á soleira da porta do nº63 onde pernoitava no T0 do 3º piso esquerdo.
Com muito custo e após várias quedas, uma das quais lhe causou um enorme arranhão na face esquerda, lá conseguiu alcançar a porta e abri-la .Pois encontrava-se apenas encostada, visto que o trinco há muito que se encontrava avariado .
Ao transpor os primeiros centímetros do wall da entrada, havia tropeçado numa caixa velha e caído de costas, visto serem abundantes pelo cubículo onde vivia , juntamente com garrafas vazias trapos velhos e papelões que serviam de agasalho. O cheiro esse nauseabundo,que era não se conseguia suportar. Apenas parecia não incomodar ao Pedro e ao Bernardo, que era o gato lá de casa. Pêlo curto e preto, olhos amarelos cabeça grande, ossatura larga e de barriga bem abastecida. Pois comida para gato era o que não faltava lá em casa . Bernardo comia de tudo desde as rechonchudas ratazanas cinzentas, ás baratas que por lá coabitavam com as aranhas e lagartixas .
Pedro não se conseguiu levantar na totalidade, apenas se debateu o suficiente para conseguir ficar sentado e preparar mais um kit. O derradeiro e último kit.
Olhos vidrados .
Apenas um.
Nuca partida.
Banhado no seu próprio sangue .
Do braço esquerdo só tinha os ossos unidos pelos tendões mais duros.
Orelhas rasgadas .
Da cintura para baixo estava intacto.
Da cintura para cima apenas existia o casaco e a t-chirt rasgada .
Da caixa tóraxica já pouco existia bem como do seu interior.
Foi este o cenário com que a policia de segurança pública se deparou, após ter sido alertada pela velhota do 3º piso Direito vinte e três dias depois de ter ouvido Pedro pela última vez subir a escadaria de madeira.
O seu corpo frágil e quase moribundo, não havia resistido ao excesso de droga tomado num só dia.
Morreu no meio do entulho, no silêncio dum T0 que tresandava a tudo o que era lixo.
Mas não morreu só.
Contava com a companhia do seu amigo Bernardo que lhe serviu de companhia durante muitas noites. E que ainda mesmo que involuntariamente lhe continuaria a fazer companhia, visto que a porta principal ironicamente se trancou após Pedro a ter transposto ao entrar em casa.
Pedro morrera, Bernardo na sua ignorância de gato continuou a ser-lhe fiel. Mesmo sem alternativa visto que se encontrava trancado dentro daquelas paredes.
Ele ronronava ,roçava-se em Pedro mas sempre sem obter resposta do seu dono.
Os dias passavam, o alimento faltava a Bernardo .
Ele desesperava por sair dali.
O seu miar era agora agonizante.
Os dias passavam Bernardo não resistiu, e o seu instinto animal falou mais alto.
Pedro estava morto e ele faminto.
Os dias passavam, uns após os outros muito lentamente.
Dona Rita, Viúva e com setenta e oito anos, por diversas vezes sentiu a falta de Pedro .
E aquele cheiro cada vez mais forte a cada dia que passava.
Os dias passavam e ela estranhava tanto o mau cheiro cada vez mais forte, como a porta que se encontrava completamente trancada, coisa que não era costume.
Certo dia ao deparar-se com o mesmo cenário dos dias anteriores decidiu ligar o 112 e chamar a policia.
Não tardou hora e meia para que os agentes da policia se fizessem comparecer no local.
A porta do apartamento T0 do piso 3º esquerdo encontrava-se ironicamente trancada.
Tomás que era o agente a quem cabia o cargo de arrombar a porta. Já preparava um utensílio em ferro maciço com cerca de setenta centímetros de comprimento, que não se fez tardar para arremessar á porta já por si fragilizada com os anos que tinha.
Aporta escancarou-se .
O cenário era arrepiante.
Sangue, ossos um rosto desfigurado .
Com uma forte corrida como que para a liberdade ia Bernardo lançado através da porta .
Parou, olhou para trás.
A boca suja de sangue.
Os olhos amarelos brilhavam .
Que brilho!
Que olhos!
Os olhos ternurentos e brincalhões de Bernardo tornaram-se nuns olhos frios, brilhantes e arrepiantes .Mas não para ele porque o Pedro após ter morrido era apenas mais uma refeição.
VIVES SÒZINHO?
TENS UM GATO ?
ENTÃO TEM MEDO,TEM MUITO MEDO.
segunda-feira, 5 de março de 2007
Os discos rígidos.
Tens uma máquina de filmar ou fotografar que utiliza discos rígidos ?
Então toma muita atenção!
Tenho um tio que trabalha numa oficina de assistência a uma loja multinacional de informática.
E ele sabe que comecei á pouco tempo a escrever neste blog, e um dia destes passou por minha casa para me relatar uma história digna de ser aqui postada .
O mês passado o meu tio á hora de almoço, pegou no tabuleiro e foi retirando a comida lá no self-service do refeitório da oficina, quando ao sentar-se junto a dois técnicos estava a escutar uma conversa que envolvia câmaras e maquinas de fotografar, mas da forma que a conversa estava a ser comentada parecia envolta num enorme secretismo.
Ele perguntou qual o assunto para tanto secretismo?
E foi então que um dos técnicos o foi colocando a par da conversa, tratava-se do seguinte .
Um dos técnicos ao abrir uma máquina de filmar para reparar uma pequena avaria, constatou que o disco rígido estava a rodar. Mas como poderia o disco rodar com a máquina desligada? Retirou a bateria e o disco parou de rodar. Voltou a colocar a bateria e o disco voltou a rodar mas com a máquina desligada. ou seja o disco rodava com a máquina desligada e com bateria. E parava se lhe fosse removida a bateria.
Voltou a colocar a bateria, o disco começou a rodar novamente e foi buscar um Espectomodem com ecrã, ligou-o a cinco metros de distancia da câmara e qual não foi o seu espanto, quando se viu a ele próprio no ecrã do Espectomodem.
Ou seja a câmara tinha a bateria inserida mas estava desligada e a transmitir imagem.
Agora só resta saber o seguinte como é que a câmara envia imagens, estando desligada?
E para onde são enviadas a imagens?
E quem as vê?
E será que é só enviada imagem?
E o som ?
Tens câmara com disco rígido ?Então tapa-lhe a objectiva e retira-lhe a bateria quando estiver no descanso.
Então toma muita atenção!
Tenho um tio que trabalha numa oficina de assistência a uma loja multinacional de informática.
E ele sabe que comecei á pouco tempo a escrever neste blog, e um dia destes passou por minha casa para me relatar uma história digna de ser aqui postada .
O mês passado o meu tio á hora de almoço, pegou no tabuleiro e foi retirando a comida lá no self-service do refeitório da oficina, quando ao sentar-se junto a dois técnicos estava a escutar uma conversa que envolvia câmaras e maquinas de fotografar, mas da forma que a conversa estava a ser comentada parecia envolta num enorme secretismo.
Ele perguntou qual o assunto para tanto secretismo?
E foi então que um dos técnicos o foi colocando a par da conversa, tratava-se do seguinte .
Um dos técnicos ao abrir uma máquina de filmar para reparar uma pequena avaria, constatou que o disco rígido estava a rodar. Mas como poderia o disco rodar com a máquina desligada? Retirou a bateria e o disco parou de rodar. Voltou a colocar a bateria e o disco voltou a rodar mas com a máquina desligada. ou seja o disco rodava com a máquina desligada e com bateria. E parava se lhe fosse removida a bateria.
Voltou a colocar a bateria, o disco começou a rodar novamente e foi buscar um Espectomodem com ecrã, ligou-o a cinco metros de distancia da câmara e qual não foi o seu espanto, quando se viu a ele próprio no ecrã do Espectomodem.
Ou seja a câmara tinha a bateria inserida mas estava desligada e a transmitir imagem.
Agora só resta saber o seguinte como é que a câmara envia imagens, estando desligada?
E para onde são enviadas a imagens?
E quem as vê?
E será que é só enviada imagem?
E o som ?
Tens câmara com disco rígido ?Então tapa-lhe a objectiva e retira-lhe a bateria quando estiver no descanso.
domingo, 4 de março de 2007
quinta-feira, 1 de março de 2007
O roupeiro
Já alguma vez sentiu aquela sensação,de quando está a abrir o roupeiro possa sair de lá de dentro alguém.
pois é !
Isso já aconteceu.
Aconteceu a uma amiga minha ,um dia destes não há muito tempo, o namorado deixou-a á porta de casa,despediram-se com um beijo daqueles que os namorados dão quando se querem
despedir. E combinaram um posterior encontro logo após o jantar no bar da vila.
A minha amiga abriu o portão de casa e dirigiu-se á porta principal levou a mão á
mala e retirou do seu interior a chave de casa.
Rodou a fechadura duas vezes abriu a porta e ao entrar em casa vislumbrou algo que de anormal se passava.
A bolinha de pêlo o seu ternurento e agradável companheiro de todos os dias o seu bichano,não veio ao seu encontro.
-bichaninho chamou em voz alta,
para que a sua bolinha de pêlo viesse ao seu encontro.
mas não surtiu nenhum feedback.
Embora achasse toda aquela situação surreal,decidiu prosseguir a sua tarefa que seria tomar um duche,preparar o jantar e voltar a sair.
Dirigiu-se á casa de banho,após ter se desfeito do casaco e da mala,também se descalçou passou
os olhos pelo grande espelho e enquanto se despia foi abrindo o cortinado da banheira,abriu a torneira . E foi nesse preciso instante,que se deparou com algo mais que também não acontece todos os dias.
Não havia água quente.
Deu meia volta e virou á esquerda na direcção da cozinha onde se encontrava o esquentador.Não sem antes passar pela porta entreaberta do quarto de onde saiu um ruido algo sinistro. Que seria algo entre um ranger de madeira e um gemido. Gemido esse que não conseguiu identificar.
ficou tensa .
A respiração abrandou,
os pêlos finos e louros dos braços crisparam-se,
petrificou.
Mas ficar parada á entrada da porta do quarto não era solução. Ouviu novamente o ranger de madeira e agora seguramente identificou de onde veio o ruido. entrou no quarto com os pés nús e todo o restante corpo a tremer de friu e de calor simultaneamente.
Chamou pelo gato mas sem obter o mais pequeno ruído.
Avançou devagar quarto dentro,com fraca luminusidade jamais iria destinguir o que quer que fosse que teria provocado tal barulho. Acendeu uma vela aromática,visto a luz do tecto ter rebentado segundos antes ao ligar o interruptor,e ainda faltava transpôr o armário da roupa e a cama até chegar á janela fechada.
E foi nesse momento ao passar pelo roupeiro que teve a certesa em absoluto que o ruído saíra lá de dentro. abriu a porta.
E foi então, dentro da sua casa,do seu quarto,do seu roupeiro que viu a imagem mais tenebrosa.
o seu gato,a sua bolinha de pêlo dentro do armário ensaguentado quase mal respirava pendurado de cabeça para baixo,pêlo oriçado e molhado de sangue. O rabo esse bem apertado por uma mão humana,um ser despresivel nojento,alto,cabelo preto,sujo,enliado,óleoso cara suja dentes podres com uma expressão que transmitia agressão,medo,terror.
Ela gritou,recuou voltou a gritar,caíu de costas em cima da cama e gritou como se não houvesse amanhã. Mas em vão,o homem ou lá o que seria com aquele aspecto,saiu com um salto do roupeiro passou por cima dela,agarrou o seu rosto com as enormes mão besuntadas de sujidade.
E lançou-lhe um olhar de ameaça,terror e medo.
Nisto deu um salto para trás,desiquilibrou-se caíu,levantou-se e fugiu pela porta do quarto e porteriormente pela da rua.
Até hoje ninguém sabe explicar como essa criatura entrou lá em casa.
Ficou a saber que,ao abrir o roupeiro ,tenha medo tenha muito medo.
pois é !
Isso já aconteceu.
Aconteceu a uma amiga minha ,um dia destes não há muito tempo, o namorado deixou-a á porta de casa,despediram-se com um beijo daqueles que os namorados dão quando se querem
despedir. E combinaram um posterior encontro logo após o jantar no bar da vila.
A minha amiga abriu o portão de casa e dirigiu-se á porta principal levou a mão á
mala e retirou do seu interior a chave de casa.
Rodou a fechadura duas vezes abriu a porta e ao entrar em casa vislumbrou algo que de anormal se passava.
A bolinha de pêlo o seu ternurento e agradável companheiro de todos os dias o seu bichano,não veio ao seu encontro.
-bichaninho chamou em voz alta,
para que a sua bolinha de pêlo viesse ao seu encontro.
mas não surtiu nenhum feedback.
Embora achasse toda aquela situação surreal,decidiu prosseguir a sua tarefa que seria tomar um duche,preparar o jantar e voltar a sair.
Dirigiu-se á casa de banho,após ter se desfeito do casaco e da mala,também se descalçou passou
os olhos pelo grande espelho e enquanto se despia foi abrindo o cortinado da banheira,abriu a torneira . E foi nesse preciso instante,que se deparou com algo mais que também não acontece todos os dias.
Não havia água quente.
Deu meia volta e virou á esquerda na direcção da cozinha onde se encontrava o esquentador.Não sem antes passar pela porta entreaberta do quarto de onde saiu um ruido algo sinistro. Que seria algo entre um ranger de madeira e um gemido. Gemido esse que não conseguiu identificar.
ficou tensa .
A respiração abrandou,
os pêlos finos e louros dos braços crisparam-se,
petrificou.
Mas ficar parada á entrada da porta do quarto não era solução. Ouviu novamente o ranger de madeira e agora seguramente identificou de onde veio o ruido. entrou no quarto com os pés nús e todo o restante corpo a tremer de friu e de calor simultaneamente.
Chamou pelo gato mas sem obter o mais pequeno ruído.
Avançou devagar quarto dentro,com fraca luminusidade jamais iria destinguir o que quer que fosse que teria provocado tal barulho. Acendeu uma vela aromática,visto a luz do tecto ter rebentado segundos antes ao ligar o interruptor,e ainda faltava transpôr o armário da roupa e a cama até chegar á janela fechada.
E foi nesse momento ao passar pelo roupeiro que teve a certesa em absoluto que o ruído saíra lá de dentro. abriu a porta.
E foi então, dentro da sua casa,do seu quarto,do seu roupeiro que viu a imagem mais tenebrosa.
o seu gato,a sua bolinha de pêlo dentro do armário ensaguentado quase mal respirava pendurado de cabeça para baixo,pêlo oriçado e molhado de sangue. O rabo esse bem apertado por uma mão humana,um ser despresivel nojento,alto,cabelo preto,sujo,enliado,óleoso cara suja dentes podres com uma expressão que transmitia agressão,medo,terror.
Ela gritou,recuou voltou a gritar,caíu de costas em cima da cama e gritou como se não houvesse amanhã. Mas em vão,o homem ou lá o que seria com aquele aspecto,saiu com um salto do roupeiro passou por cima dela,agarrou o seu rosto com as enormes mão besuntadas de sujidade.
E lançou-lhe um olhar de ameaça,terror e medo.
Nisto deu um salto para trás,desiquilibrou-se caíu,levantou-se e fugiu pela porta do quarto e porteriormente pela da rua.
Até hoje ninguém sabe explicar como essa criatura entrou lá em casa.
Ficou a saber que,ao abrir o roupeiro ,tenha medo tenha muito medo.
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